Guerrilha do Araguaia Resumo

A Guerrilha do Araguaia aconteceu durante os anos 1972 á 1975 na região do amazonas, durante todo o percurso do rio Araguaia, onde o Partido Comunista Brasileiro (PCdoB) e as Forças Armadas travaram uma grande luta.

O intuito da Guerrilha durante essa fase de ditadura militar era fazer uma revolução socialista rural, seguindo o modelo da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa, que obtiveram sucesso em suas batalhas e após grandes batalhas se fizeram vencedoras.

Através de várias especulações, os militares pouco a pouco foram descobrindo os planos do PCdoB, onde muitos foram exilados e mortos por não contarem os planos do seu partido.

Os comunistas queriam derrubar o governo militar a qualquer custo, trazendo aliados das cidades urbanas e dos povos rurais para o seu grupo, criando ainda uma cede de governo comunista no país, tal como foi feito em Cuba e na China. Toda a sua tropa continha cerca de 80 guerrilheiros, onde menos de 20 sobreviveram ao final de toda a guerra.

Guerrilha do Araguaia

Um dos sobreviventes comunistas dessa época é o ex-presidente do PT, o José Genoíno, que foi preso e torturado pelos militares do Exército logo na primeira fase das operações militares. A maioria dos componentes do PCdoB eram ex universitários, jovens e profissionais liberais que lutavam por seus ideais e mesmo sendo mortos pelas Forças Armadas, até hoje, mais de 50 deles são considerados políticos desaparecidos.

As Forças Armadas desobedeceram todas as regras do Direitos Humanos com os Guerrilheiros nesse período. A ditadura marcou o terror sobre esses jovens comunistas, onde muitos foram torturados, amordaçados, castigados e mortos para falarem sobre seus planos e para dizer quem eram os principais comandantes dessa ação, desses ideais.

As informações sobre a Guerrilha do Araguaia só surgiu depois de muito tempo, pois na época em que tudo aconteceu, a ditadura censurou e silenciou a todos que sabiam de qualquer informação sobre o assunto.

O PCdoB chegou ao Araguaia por volta dos anos 60, onde todos os comunistas se agruparam para planejar maneiras de atacar as Forças Armadas e retirar das pessoas que a compunham o poder capitalista, armamentista e fazer com que os direitos de todos fossem respeitados, para que o país deixasse de ser totalmente capitalista e virasse um país socialista.

Os primeiros integrantes do PCdoB que possuíam maior poder da palavra e guiou a maior parte de toda a Guerrilha são o João Amazonas, a Elza Monnerat, o Maurício Grabois, o André Grabois, o Gilberto Olímpio Maria, o João Carlos e o Osvaldo Orlando da Costa. 

A descoberta da Guerrilha se deu no ano de 1972, onde Elza Monnerat acusa Lúcia Regina Martins – a Regininha – de ter contado uma das localizações das sedes do Partido Comunista para os ditadores.

Mesmo com a força de vontade dos comunistas urbanos e rurais de lutarem contra as Forças Armadas, muitos desses ditadores fizeram várias práticas ilegais contra os partidários, estrupando-os, amordaçando-os, torturando-os, mutilando-os e muitas vezes os matando, eliminando um a um, até que o PCdoB perdeu suas forças, após lutar bravamente durante quase 3 anos.

Até hoje são procurados os ossos de muitos desses partidários que os ditadores deram como desaparecidos. Após o fim da ditadura, quase nada foi feito para punir esses soldados armados, mas muitas reuniões, cassações e investigações já foram realizadas para levantar mais informações sobre a Guerrilha e punir os praticantes que desobedeceram os Direitos Humanos agindo cruelmente com outras pessoas.

Ditadura Militar no Brasil 1964 a 1985

Governo Militar de 1964
Tanques Militares nas ruas, figuram a repressão

No dia 1 de Abril de 1964, através de golpe militar, é deposto o presidente João Goulart e sobe ao poder o Marechal do Exército  Humberto de Alencar Castelo Branco, com ele dá-se início a ditadura que perduraria pelos 21 anos seguintes, marcada pela forte censura,  perseguição a aos opositores e inexistência de direitos democráticos.

Até pouco tempo os pesquisadores concordavam que o movimento militar que derrubou Goulart tinha sido puramente nacionalista, mas, recentemente a abertura de alguns documentos militares pelo governo dos EUA, mostraram a forte influencia Norte Americana instauração do regíme ditatorial no país. Analisando a questão de um ponto de vista mais amplo vemos que o mundo passava nesse momento pela embate conhecido como Guerra Fria, as principais potências envoltas nessa querela era URSS, que defendia um regime socialista,  e o EUA, na visava disseminar sua influência capitalista pelo nações. No Brasil, rumores chegaram até os ouvidos do Tio San sobre uma aproximação do de Goulart com os ideais soviéticos, Jango ainda fomentava a industria do suco de laranja, havia nacionalizado o petróleo e dificultado a saída de capital estrangeiro, essas sanções afastavam cada vez mais os brasileiros da tutela americana.

Os EUA tinham uma série de argentes da CIA infiltrados no Brasil, o principal elo de ligação entre os golpistas nacionais e os insatisfeitos internacionais era a amizade entre Castelo Branco e   Vernon Walters, membro de alta patente na inteligência dos Estados Unidos. Embora tenha não sido necessária a colaboração bélica americana, pois, Jango optou pela rendição, ela estava a postos se caso precisasse ser acionada.

Quando Castelo Branco assume as rédeas da nação logo impõe ao povo algumas medidas, mais conhecidas como Atos Institucionais, neles o ditador ordenava a cassação de mandatos políticos, a neo polarização do poder em dois partidos o ARENA e o MDB, eleições indiretas, negação dos direitos do povo, entre outras. O próximo ditador a assumir a nação foi  o Marechal Costa e Silva, governo marcados pela forte repressão a resistência, e ainda  promulgação do AI 5 que assume o caráter ditatorial do poder no país. Emílio Garrastazu Médici foi o ditador seguinte, e é convencionalmente citado como o mais linha dura que comandou o país, já que segregou ainda mais a população com a censura a qualquer forma de liberdade. No ano de 1974 assume o General Geisel, nesse período há um afrouxamento na mão de ferro, consumada pela dissolução do AI 5, o último militar a ascender ao poder foi  João Batista Figueiredo, nesse período surge o movimento das Diretas Já.

Em 1985 é eleito indiretamente o presidente Tancredo Neves, que morreu poucos dias após ser nomeado presidente da república, em seu lugar assume o Estado o Vice- Presidente José Sarney e tem se o fim propriamente dito do Governo Militar.