Sá de Miranda

Francisco Sá de Miranda é um importante autor em relação a influência de todos os escritos tradicionalistas. Nasceu no dia 28 de Agosto de 1481, na cidade de Coimbra. É considerado um dos principais nomes dessa articulação em relação aos exemplos que proporcionou entre os séculos XV e XVI. Todo o início de sua história é um pouco duvidoso até os dias atuais pois Sá de Miranda só obteve sucesso e sua vida conhecida a partir do momento em que chegou a Universidade de Lisboa.

Ele era filho de Gonçalo Mendes e Inês de Melo. Viveu com seus pais em São Salvador do Campo durante vários anos até o seu ingresso no ramo universitário. Suas obras e relatos foram conhecidos até o dia 15 de Março de 1558, onde o autor, com cerca de 77 anos veio a falecer na cidade de Amares, tendo assim sua vida concretizada em meio as letras, onde fez diversas intervenções sociais e literárias.

Sá de Miranda se estudou e se formou na Universidade de Lisboa em Direito, onde se aprofundou em conteúdos e práticas da humanidade, da gramática e da retórica. Com sua grande práticas nessas três áreas, que foram estudadas durante muitos anos de sua vida, Miranda passa a ser professor da instituição, onde fez sua carreira se concretizar e seu nome ser lembrado por todos. Em meados de 1521, Miranda ainda frequentava a Corte, leciona,a compunha cantigas, esparsas e vilancetes.

Após uma viagem a Itália, Miranda se depara com o ambiente literário Renascentista, mas seu contato com esse contexto era articulado desde anteriormente. Com as ideias italianas sobre esse tema, ele resolveu aderir um pouco dessa ideologia para seus textos, mostrando novos sonetos, sextina, oitavas, versos com dez sílabas, canções e tercetos. Miranda foi o primeiro a utilizar esses projetos de forma clássica e assim fez com que o Renascimento fosse conhecido em Portugal.

Ele escrevia ainda poesias e obras de teatro. Uma das suas obras mas conhecidas em relação a drama e tragédia é “Cleópatra”. Sá de Miranda também abordava textos comediantes, nos quais se destacaram “Estrangeiros” e “Vilhalpandos”.

Quem aos olhos dar-me uma vertente

 

“Quem aos olhos dar-me-á uma vertente

de lágrimas, que manem noite e dia?

Ao menos a alma, enfim, respiraria,

chorando, ora o passado, ora o presente.

 

Francisco Sá de Miranda
Francisco Sá de Miranda

Quem me dará, longe de toda gente,

suspiros, que me valham na agonia

já longa, que o afã tanto encobria?

Sucedeu-me depois tanto acidente!

 

Quem me dará palavras com que iguale

tanto agravo que amor já me tem feito,

pois que tão pouco o sofrimento vale?

 

Ah! quem ao meio me abra este meu peito,

onde jaz tanto mal, por que se exale

tamanha coita minha e meu despeito?”

Monteiro Lobato: Obras e Resumo da Biografia

Nascido em 1882, na cidade de Taubaté, São Paulo, o escritor José Bento Renato Monteiro Lobato viria a ser um dos grandes escritores do país. O menino foi criado em um sítio e alfabetizado primeiramente por sua mãe e logo depois por um professor particular. Aos sete anos de idade foi matriculado em um colégio e nessa idade, já vivera em contato com os livros de seu avô, os quais lia frequentemente.

Desde cedo, já atuava escrevendo contos e demais textos para os jornaizinhos escolares. Após ter se formado no colégio, o jovem Lobato mudaria-se para a cidade de São Paulo para estudar no Instituto de Ciências e Letras. No ano de 1898, seu pai morre de congestão pulmonar, fato que um ano mais tarde mataria também sua mãe pela depressão adquirida.

Monteiro Lobato
Monteiro Lobato

Apesar de ter como sonho estudar na Escola das Belas Artes, Monteiro Lobato teve que aceitar a imposição de seu avô e estudar na Universidade de Largo de São Francisco, onde cursou Direito. Porém, isso não o impediu de escrever e participar de todo o tipo de jornal, onde conseguiu popularidade devido ao seu jeito inconfundível de escrever.

Após ter se formado em Direito no de 1904, Monteiro Lobato casa-se com Maria Pureza da Natividade de Souza Castro, apelidada de Purezinha, e tornou-se promotor público em Areias, onde teve sua primeira filha em 1909. Um ano depois, associou-se em um negócio da estrada de ferro e teve seu segundo filho. Nunca deixou de escrever para jornais e revistas diversos.

Com a morte de seu avô, Monteiro Lobato herda a fazenda e muda-se para lá com sua família. Agora com uma boa estabilidade financeira, ele pode se envolver em outros negócios e projetos. Mas foi durante um inverno rigoroso com sucessivas queimadas provocadas pelos caboclos que Monteiro Lobato escreve sua indignação intitulada de Velha Praga e envia ao jornal Estado de São Paulo, artigo que causou grande polêmica e fama ao escritor.

Após isso, escreveu vários outros artigos como o Urupês com o personagem famoso Jeca Tatu, uma espécie de denúncia aos atrasos nas sociedades campesinas brasileiras. Porém, sua denúncia preconceituosa gerou grandes polêmicas tendo aliados a seu favor e também contra sua posição generalizadora e pouco estudada sobre os chamados “caipiras”.

Após dificuldades financeiras devido ao período das geadas, Monteiro Lobato vende sua fazenda e muda-se novamente para São Paulo, acreditando investir em sua carreira como escritor. Após grandes feitos por lá, consegue comprar a Revista Brasil, que lhe rendeu dinheiro suficiente para montar uma editora que viera a facilitar publicação de livros brasileiros, principalmente das correntes modernistas.

Sua editora alcançou enorme sucesso e tinha uma das maiores demandas do país. A distribuição e a qualidade das capas e páginas eram o principal nas produções e por ela, vários famosos livros foram editados e publicados. Com a desvalorização da moeda, o negócio de Lobato veio a quebrar, porém mais tarde ele viria funda a Companhia Editora Nacional no Rio de Janeiro, onde publicou os famosos contos infantis como o O Sítio do Pica Pau Amarelo.

Após visitas aos Estados Unidos e participações políticas no Brasil, sobretudo na campanha O Petróleo é Nosso, Monteiro Lobato defendeu com unhas e dentes o nacionalismo brasileiro que logo fora derrubado pela ditadura, onde aliando-se aos comunistas, foi preso algumas vezes. O escritor morre em 1948 com 66 anos de idade vítima de espasmo cerebral, sendo velado na Biblioteca Municipal de São Paulo.

Principais Obras

Urupês, Cidades Mortas, Zé Brasil, O Presidente Negro, Negrinha, A Menina do Narizinho Arrebitado, Reinações de Narizinho, O Marquês de Rabicó, Jeca Tatuzinho, A Caçada da Onça, O Museu da Emília, O Saci Pererê: O Resultado de Um Inquérito, As Aventuras do Príncipe.

Como fazer biografia dentro das normas da ABNT

Quem é estudante, principalmente universitário já deve ter alguma vez  na vida acessado o itinerário normativo da ABNT ( Associação Brasileira de Normas e Técnicas) para moldar seus constructos textuais, afim de creditar a eles uma maior formalidade e legitimidade. Essas regras padronizam as técnicas de escrita permitido uma ordenação e consonância  nas abordagens facilitando a inteligibilidade da sua proposta e uma contribuição verdadeira para o desenvolvimento do país.

Uma das questões que mais geram dúvidas na fomentação de um trabalho formal escrito são a forma correta de dispor suas referências  bibliográficas, a seguir veremos como realizar a prestação de contas de suas fontes, de uma forma que a comunidade acadêmica seja consensual  em aceitar.

Citando a Autoria

Existem três dispares formas de se apresentar a autoria, quando  esta é pessoal devemos primeiro trazer o derradeiro sobrenome do autor todo em letras maiúsculas separado por vírgula do restante da nomenclatura.Caso o texto tenha redigido por até três indivíduos devemos citar todos eles na ordem descrita na publicação, já se a autoria suplante três atores, escrevemos apenas o nome do primeiro e acrescentemos a frente a expressão” et al”: SOBRENOME, nome. et al.

Exemplo: HOBSBAWN, Eric John Ernest.

Já para uma autoria institucional devemos trazer todo o nome do órgão ou evento em caixa alta, em casos em que está não é informada devemos enformar o título ao qual pertence também em caixa alta.

Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE.

Ordenamento de uma referência 

Existe uma ordem para os principais elementos de uma referência, que convencionalmente são distribuídos da seguinte forma:

SOBRENOME, Nome. Título da Obra: complemento do título( caso aja). Local da Edição: Editora responsável, data. Números das páginas destacadas.

Exemplo: BLOCH, Marc. Apologia da História, ou o Ofício do Historiador, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,2001.

As fontes devem vim citados em ordem alfabética, caso você tenha usados fontes primarias elas devem vim em primeiro em relação as demais.

Novelas de Manoel Carlos todas

O famoso autor de novelas, Manoel Carlos, também chamado de Maneco, estreou na TV em 1951 quando ainda tinha apenas 17 anos. Sua carreira teve muito embasamento teatral, mesmo porque, desde os 14 anos já tinha o hábito de se reunir diariamente com seus amigos na Biblioteca Municipal de São Paulo, com a finalidade de ler e discutir literatura e teatro, entre os outros integrante do grupo “ Adoradores de Minerva”, estavam nomes conhecidos da teledramaturgia como Fernanda Montenegro, Flávio Rangel e Antunes Filho.

Nascido na cidade de São Paulo, em 14 de março de 1933, Maneco desde cedo já soube que a arte fluiria e influenciaria a sua vida. O filho da professora Olga e do comerciante José Maria, iniciou sua carreira como ator na antiga TV Tupi paulista, onde pode atuar no Grande Teatro Tupi, e em seu primeiro trabalho, conquistou o prêmio de ator revelação. A partir de então começou a estrear como produtor e diretor, de seus primeiros programas, depois de participar da fase inaugural da TV Record em 1953, retornou a atuação trabalhando na Companhia Maria Della Costa de teatro.

Maneco
Manoel Carlos, 80 anos.

O autor passou por inúmeras emissoras, sempre desenvolvendo trabalhos magníficos de grande renome, pode adaptar mais de 100 teleteatros. Vários programas que até os dias atuais fazem sucesso, também tiveram a colaboração de Manoel Carlos como o programa da Hebe, Jô Soares, o Fantástico entre outros tantos. Embora tenha uma carreira imensa em diferentes trabalhos na TV, Maneco ficou mais afamado devido as telenovelas que elaborou, a primeira estreada foi “Maria, Maria” que na verdade era uma adaptação do romance Maria Dusá, de Lindolfo Rocha.

Desde o sucesso da primeira novela, o autor só aumentou sua carga de repercussão em todo país, a cada nova história, os telespectadores ficam à tona com todas as tramas que o autor cria. Maneco ainda conquistou o público internacional, sendo ele o primeiro brasileiro a criar roteiros originais especialmente para a TV americana de língua espanhola. Um fato curioso é que em maioria de suas novelas, o autor sempre inclui uma personagem que leva o nome de Helena, inclusive, na rede Globo foram cinco novelas sucessivas que traziam com a protagonista uma personagem de nome Helena.

Manoel Carlos
O autor com algumas de suas “Helenas.”

A última novel afeita pelo autor, foi Viver a vida, exibida na TV Globo, no horário das 21h. A trama conta a história de mais uma Helena, que dessa vez foi protagonizada pela atriz Taís Araújo, a primeira atriz negra a ser protagonista em uma novela do horário nobre. A história intercala decisões que muitas modelos jovens tem que tomar para seguir em frente em sua profissão, podendo até cometer atos vistos com maus por uma parcela da sociedade e até o drama de ficar paralisada por causa de um grave acidente. Resume -se então o drama da superação pela vida, felicidade e paz.

Confira o nome e o ano de todas as novela já feitas pelo autor Manoela Carlos, que atualmente trabalha na Central Globo de produção.

  • 1952 – Helena – TV Paulista
  • 1978 – Maria, Maria – Rede Globo
  • 1978/ 1979 – A Sucessora – Rede Globo
  • 1980 – Água Viva – Rede Globo
  • 1981 – Baila Comigo – Rede Globo
  • 1982/ 1983 – Sol de Verão – Rede Globo
  • 1984 – Viver a Vida – Rede Manchete
  • 1986 – Novo Amor – Rede Manchete
  • 1989 – O Cometa – Rede Bandeirantes
  • 1991/ 1992 – Felicidade – Rede Globo
  • 1995/ 1996 – História de Amor – Rede Globo
  • 1997/ 1998 – Por Amor – Rede Globo
  • 2000/ 2001 – Laços de Família – Rede Globo
  • 2001 – Presença de Anita – Rede Globo
  • 2003 – Mulheres Apaixonadas – Rede Globo
  • 2006/ 2007 – Páginas da Vida – Rede Globo
  • 2009/ 2010 – Viver a Vida – Rede Globo