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Zika vírus na gravidez

O Mosquito Aedes é o responsável por transmitir o Zika vírus, incluindo o Aedes Aegypti e o Aedes Albopictus, também responsáveis por transmitir a dengue e a febre chikungunya.

Mas esse surto do Zika vírus tem deixado principalmente as grávidas em alarme, a preocupação em relação a microcefalia em bebês tem causado pânico nas gestantes.

Foi constatado que as infecções causadas pelo micro-organismo está relacionada a microcefalia. Diante essa epidemia, é a primeira vez na história que o Zika e a microcefalia estão ligados.

Combater ao mosquito é a principal medida a ser tomada, pois os casos continuam crescendo. Já são 3.174 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao Zika vírus, possuindo 38 mortes ligadas à doença que estão sendo investigadas.

Há quanto tempo o Zika vírus existe?

O Zika vírus manifestou-se no Brasil em 2015, sendo que os primeiros casos foram no Rio Grande do Norte e na Bahia, trazendo ainda preocupações para 2016, pois os casos de pessoas infectadas com o Zika vírus não diminuíram. Alguns especialistas acreditam que o vírus chegou ao Brasil durante a Copa do Mundo.

Em 1947, registraram a primeira ocorrência do vírus. O nome do vírus é Zika, porque o macaco encontrado com o vírus estava na Floresta Zika, localizada na Uganda. Mas foi na Nigéria, em 1954, que ocorreram os primeiros casos de seres humanos infectados pelo Zika. Já em 2007 o vírus chegou até a Oceania e em 2013 atingiu a França.

Como o Zika vírus pode ser transmitido?

O vírus é transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes Aegypti, única maneira comprovada cientificamente, porém existem outras formas possíveis do vírus ser transmitido além da picada. Ainda assim, não se sabe exatamente quais são as chances dessas contaminações acontecerem.

Sabendo-se que o Zika ainda está sendo estudado, é relevante levarmos em consideração cada risco existente de contaminação do vírus, tomando todas as precauções necessárias. Veja a seguir as formas e os casos de transmissão do vírus.

• Transmissão sexual: O relato é de um cientista, que foi contaminado pelo vírus no Senegal. Ao voltar para o seu país, nos Estados Unidos, passou a sentir os sintomas. Dias depois, surgiram vestígios de sangue em seu sêmen, logo a sua esposa passou a sentir os sintomas do vírus.

Eles mantiveram relações sexuais sem camisinha, fato que só aumentou a suspeita da transmissão sexual do vírus, porém o vírus não foi detectado no sêmen, mas a doença foi confirmada na mulher através dos exames.

• Transmissão pelo líquido amniótico: Causador da microcefalia, o vírus é transmitido de mãe para bebê ainda no útero, pois o Zika vírus é capaz de atravessar a barreira placentária (responsável por proteger o bebê de infecções), chegando até o líquido amniótico.

As células de defesa da gestante contaminada engloba o Zika vírus, mas não conseguem tirá-lo do corpo. Sendo assim, o vírus consegue alcançar todas as partes do corpo, principalmente as que não podem ser alcançadas. Por isso ele consegue atravessar a placenta, chegando ao bebê e causando a microcefalia.

• Transmissão pelo leite materno: O surto do Zika vírus ocorrido na França em 2013, mostrou RNA de Zika no leite materno das mães que foram diagnosticadas com o vírus Zika, porém a transmissão a partir da amamentação não foi reconhecida.

Aconselha-se que a mãe não amamente, caso suspeite que esteja com o vírus. Já outros médicos aconselham que as mães amamentem os seus bebês, pois acreditam que o leite é a melhor alimentação para o seu desenvolvimento, podendo dar imunidade ao bebê.

• Transfusões de sangue: Foi detectado por cientistas polinésios, o vírus em reservas de sangue designado para transfusões, porém quem recebeu o sangue com o Zika vírus não desenvolveu a doença. Recomenda-se ainda assim, muito cuidado, pois os sintomas demoram para aparecer e pode acontecer da pessoa achar que está bem para doar sangue, sendo que não está.

Sintomas

• Febre baixa
• Dores nas articulações
• Manchas vermelhas pelo corpo
• Conjuntivite (olhos vermelhos e coceira)
• Cansaço físico e mental
• Dor nos músculos do corpo
• Dor de cabeça

Os sintomas podem aparecer no prazo de 3 a 7 dias, lembrando que é possível adquirir o vírus e não manifestar nenhum dos sintomas. Esses sintomas são válidos tanto para mulheres grávidas, quanto para as que não estão grávidas.

O vírus só permanece ativo por uma semana, não podendo ser identificado através de exames de sangue. O exame feito para detectar o vírus é chamado de RT-PCR.

Como evitar a microcefalia no bebê?

• A principal forma de prevenção é o combate aos focos de mosquito
• Usar camisinha no ato sexual, caso o parceiro esteja com o vírus Zika
• Jamais tomar bebidas alcoólicas
• Tomar as vacinas necessárias para evitar doenças infecciosas (Ex: herpes e rubéola)
• Desviar-se de contágios (Ex: mercúrio, metais pesados)
• Usar roupas que protejam a pele
• Usar repelentes nas áreas expostas para evitar picadas (Ex: usar repelente com DEET)
• Evitar roupas claras, pois favorecem a visualização do inseto
• Não acumular água limpa em casa ou quintal
• Atente-se para as poças d’água que se formam após a chuva
• Evite contato muito próximo com pessoas doentes
• Mantenha bons hábitos de higiene (Ex: lavar as mãos, não compartilhar talheres e copos)

O que é microcefalia? Consequências e diagnóstico.

A microcefalia é distinguida quando a cabeça do bebê tem o tamanho menor que o esperado para a sua idade, porque o cérebro não cresceu o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.

A doença impede que o cérebro cresça e desenvolva as suas capacidades, porque os ossos do cérebro do bebê se unem muito cedo.

Não há cura para a microcefalia, mas os tratamentos iniciados desde os primeiros anos de vida, ajudam no desenvolvimento e na qualidade de vida da criança.

Exames de ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, são meios utilizados para identificar a causa da microcefalia, podendo ver se há inflamações nos tecidos cerebrais ou hemorragias.

A união precoce dos ossos que formam o crânio durante a gestação, causam consequências graves ao bebê, pois o cérebro não se desenvolve, mas após o parto as consequências são menos graves.

O diagnóstico pode ser feito durante a gestação, a deficiência geralmente são neurológicas, podendo ser cognitivas ou motoras, alguns casos estão associados ao retardo mental.

Importante

Sabemos que a microcefalia não tem cura, mas em relação ao Zika vírus, somente os seus sintomas são tratados. O tratamento não é solicitado diretamente no hospital. Dependendo da situação, os médicos receitam analgésicos e medidas para amenizar a coceira. Veja a seguir alguns métodos:

• Beber bastante líquido
• Repousar
• Não usar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (Ex: aspirina)
• Não usar medicamento sem orientação médica

Curiosidade:

• A mulher que está grávida não terá um bebê com malformação, caso tenha tido o Zika vírus antes da gestação
• Os órgãos do bebê estão em formação nos três primeiros meses, logo é o período mais perigoso para qualquer tipo de infecção que afete o feto
• Existem indícios de que o vírus também está presente na saliva e na urina, mas não há nenhum caso de transmissão da doença
• Especialistas acreditam que quem pegou o Zika vírus uma vez, não pegaria novamente
• Ainda não existe vacina contra o Zika vírus.

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