Farmacêutico pode prescrever medicamentos?

Antigamente, apenas médicos podiam prescrever medicações a qualquer paciente, mas depois de algumas avaliações, os farmacêuticos foram liberados para que também façam essa atividade, desde que o remédio não precise de receita, no caso de analgésicos, medicamentos tópicos e fitoterápicos.

Essa decisão foi publicada no dia 25 de Setembro de 2013 após inúmeras discussões sobre o assunto no CFF (Conselho Federal de Farmácia), mas o CFM (Conselho Federal de Medicina) já se pronunciou e disse que não apoia essa liberação e que irá recorrer. Para os representantes desse conselho, a lei que regulamenta a profissão do farmacêutico não prevê o diagnóstico de doenças e a prescrição de tratamentos”, equivalendo esse trabalho somente a médicos.

Mesmo com o veto da Presidenta Dilma Rousselff, o Congresso Nacional aprovou e apoiou essa regulamentação, pois confirmam que a lei prevê que o ato de prescrever tratamentos não é exclusivo dos formados em Medicina.

Prescrição de remédios por farmacêuticos

Outro pronunciante desse assunto foi o presidente do CRF-SP, que diz que “A decisão de prescrever medicamentos que não exigem receita médica não entra na área dos médicos. Todo medicamento oferece riscos. O farmacêutico é o profissional que melhor pode orientar os pacientes, já que é nosso campo de estudo.”

Muitos casos relacionados com intoxicações de remédios já foram divulgados e por esse motivo os farmacêuticos serão ainda mais treinados para fazer uma boa prescrição e orientar pacientes com casos mais graves a procurar tratamento médico especializado, segundo o Ministério da Saúde. 

Mesmo diante de tantas reivindicações, o presidente do Conselho Federal de Medicina, Desiré Callegari, questiona e diz que “Se o farmacêutico também prescrever a medicação analgésica, deixa o paciente de ter a primeira chance de fazer qualquer diagnóstico de doença, porque uma simples dor de cabeça pode ser desde uma cefaleia comum ou um tumor cerebral”.

Seguimento Farmacoterapêutico

Os Segmentos Farmacoterapêuticos representam a prática profissional onde o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades de seus pacientes em relação aos seus remédios. Esse processo se dá através da detecção, prevenção e resolução dos Resultados Negativos da Medicação (RNM), de maneira contínua, documentada e inteiramente sistemática. Obtêm ainda colaboração de outros profissionais e do próprio doente, procurando assim ter melhores obtenções de respostas concretas das avaliações para disponibilizar mais qualidade de vida ao doente.

Esse Segmento representa a área de intervenção farmacêutica em relação a farmacoterapia clínica, onde o profissional ajudará a contribuir de maneira efetiva nos processos para disponibilizar maiores condições de vida ao doente, diminuindo assim a taxa de mortalidade e o óbito relacionado com o uso de medicamentos.

Ela possibilita a participação da promoção e da proteção da saúde, a participação do controle, da prevenção e da cura, habilidades de informação, conhecimento aos medicamentos e as doenças dos pacientes, desenvolver o sentido de pertença social e ainda trabalhar o seu próprio indivíduo.

Seguimento Farmacoterapeutico

Como se dá o segmento

* Princípios bioéticos;

* Qualidade de vida;

* Colaboração com o paciente;

* Respeito aos aspectos bio-psico-sociais;

* Processo saúde/doença.

Farmacêutico x prescritor

* Identificar o modelo de abordagem;

* Compreender a prescrição;

* Coordenar consensos;

* Facilitar a relação com o doente;

* Relacionamento humanitário e colaborativo.

Resultado da interação dos segmentos

* Princípios bioéticos;

* Qualidade de vida: exercício profissional;

* Processo saúde/doença;

* Colaboração com o prescritor;

* Respeitando seus aspectos de formação e bio-psico-sociais;

* Co-responsabilidade.

Todo o seu conceito se baseia em relações inter-multiprofissionais e intra-multiprofissionais.