Periodo pré colonial do Brasil: Explicação e Resumo Completo

Independentemente de toda a discussão e dúvidas sobre o aparente descobrimento do Brasil – que gira entorno da casualidade ou da forma proposital que o espaço fora descoberto , o que nos é importa é reconhecer a viagem de Cabral como expedição que oficializava a existência da Ilha de Vera Cruz para os Portugueses e para a Europa.

É importante atentar-se ao fato de que o termo “descobrimento” não é o correto para o que aconteceu. Isso porque o território que hoje chamamos de Brasil sempre existiu e foi habitado por seres humanos e animais diversos. Dizer que o território foi achado na perspectiva dos portugueses é mais aceitável dessa forma.

Os primeiros contatos com os povos indígenas no território foram uma experiência totalmente nova aos portugueses. Puderam perceber o quanto eram diferentes e também puderam saber que na terra tinha ouro – referência da carta de Pero Vaz de Caminha -, prata e pau Brasil. Logo, os portugueses perceberiam que os indígenas possuíam muitas culturas diferentes e que nem todos aceitariam o contato com tanta pacificidade.

Ilustração do achado de Portugal no Brasil
Ilustração do achado de Portugal

Logo de imediato, Portugal não se esforçou no investimento de algum tipo de exploração no território. Isso porque outras colônias africanas e asiáticas interessavam mais a coroa por já estarem dando um lucro definido ao país. Em 1501 outra expedição fora mandada ao Brasil para um segundo reconhecimento, mas sem muita importância em povoamento.

Portugal começou a voltar-se para o território brasileiro devido as constantes atividades francesas na costa. Os franceses não respeitavam o Tratado de Tordesilhas que partira o Novo Mundo entre Espanha e Portugal e com isso, iniciaram sua jornada de exploração marítima nos territórios portugueses da América. Não só eles, como também holandeses, além de outras nações europeias.

Esses exploradores não portugueses eram chamados Corsários e para proteger o território, a coroa portuguesa enviou entre 1516 a 1526 várias expedições chamadas Guarda Costas que tinham como objetivo proteger a costa brasileira contra a invasão dos corsários. Também durante esse período – iniciado desde 1501 porém sem grande alarde  a exploração do Pau Brasil acontecia tanto pelos portugueses como pelos corsários.

Para obter a madeira de tingir, foram empregadas relações de trocas para com alguns indígenas que habitavam próximos a costa. Também ocorreu de portugueses e corsários escravizarem indígenas a força para fazerem o trabalho. A exploração do Pau Brasil durou muito pouco, pois várias nações estavam se aproveitando de um recurso natural limitado da costa brasileira.

A constante onda de invasões ao território e a instabilidade que se emergia nessa situação levou a coroa portuguesa a enviar Martim Afonso de Sousa em uma expedição que tinha como objetivo o povoamento, a proteção e a iniciação do plantio de cana de açúcar no Brasil. Dessa forma, e 1530 começa-se oficialmente a colonização nos territórios americanos de Portugal.

Qual fato marca o inicio da exploração do continente americano pelos europeus

Na tentativa de descobrir uma nova rota para os territórios da índia – principal fonte comercial da época para o europeus – o desenvolvimento marítimo, principalmente dos países ibéricos – Portugal e Espanha – foi evidentemente consagrado. Os impostos de fronteiras otomanas atrapalhavam a trajetória por terra e encarecia ainda mais os produtos.

Após várias tentativas e a intensa busca por rotas marítimas, o navegador Cristóvão Colombo desembarcou numa ilha desconhecida – hoje, capital da República Dominicana -, a qual a primeiro momento pensou que fosse território indiano. Logo percebeu que não se tratava de nenhum território conhecido pela Europa e apesar da ilha já conter habitantes, chamou-a de Hispaniola. Isso aconteceu em 1492.

Chegada de Colombo em Hispaniola
Chegada de Colombo em Hispaniola

Um ano depois desse fato, Colombo é encarregado de estabelecer colônia de Hispaniola onde se inicia de fato a exploração dos continentes americanos pela Europa. Apesar de ainda estar em um estágio muito primário, a exploração da vida humana deu-se como todo o período seguinte daria-se. Os espanhóis que desembarcavam em Hispaniola estavam em busca de riquezas para si e para seu país.

Convém dizer que, para ir até Hispaniola, bastava apenas “entrar no navio e esperar que chegar”. Essas viagens marítimas eram as mais perigosas e duras possíveis. As pessoas que escolhiam esse destino eram conhecidas por sua “grossa ventura”  e coragem, atributos que lhes deram status de “conquistadores e heróis” nas histórias nacionalistas.

Ao passo que, o processo de enriquecimento na América era árduo e sofrido por parte dos europeus, visto que todas as condições contribuíam diretamente para sua desventura ou infortúnio. É claro que esses motivos não justificam a matança desenfreada dos indígenas em busca de ouro, mas denota uma forma diferente de olhas para esses agentes.

A exploração inicia-se com base em recursos minerais e outros exóticos encontrados na América. A colonização portuguesa, iniciada alguns anos depois em terras atualmente brasileiras também seguiu o mesmo modelo inicialmente com a extração do pau-brasil.

As colonias francesas no Brasil

O Brasil ao ser descoberto historicamente pelos portugueses, também sofreu a ocupação de franceses, os quais chegaram a estabelecer vários núcleos coloniais na América do Sul. Embora a atuação portuguesa tenha sido de maior representação, existiram inúmeras interferências dos franceses a fim de estabelecer o poder e manipulação das fontes naturais do território brasileiro.

Propriamente no ano de 1531, foi construída a primeira feitoria, ou pequena administração francesa, no local que hoje está a ilha de Santo Aleixo, região esta que fica nas proximidades da cidade de Recife, estado do Pernambuco. Apesar de se instalarem rapidamente no Brasil, os colonizadores franceses ficaram por pouco tempo, devido a intervenção e pressão dos portugueses.

Várias colônias francesas foram criadas, mas tiveram breve instalação no país.
Apesar de ter o apoio de vários indígenas como os Tupinambá, os franceses não conseguiram ser os colonizadores supremos do Brasil.

Em 1555, após serem expulsos, os franceses retornaram e se instalaram em uma pequena ilha da baía da Guanabara, onde atualmente está o estado do Rio de Janeiro. A chefia dessa colônia batizada de França Antártica, estava sob o comando do almirante Nicolas Durand de Villegaignon. Essa atuação rendeu a criação do forte de Coligny, ilha de Villegaignon, onde os franceses tinham a intenção de desenvolver de explorar e exportar o pau-brasil.

Mais uma vez expulsos, os franceses puderem presenciar as forças portuguesas que se uniram aos indígenas do grupo Tupiniquim, para os enfrentar através de uma pequena guerra. Mesmo com a repressão, a inda insistiam em se manter no Brasil, por isso no ano de 1612, comerciantes e nobres franceses se uniram para criar uma nova colônia, a França Equinocial que foi fundada na região do atual estado do Maranhão.

A partir desse feito pode ser construído o forte de São Luís, dando origem à atual capital maranhense. Sua permanência no local durou cerca de três anos, quando foram definitivamente expulsos do Brasil. Seu último território no país, o Pará foi desposto em 1616, até que enfim desistiram de apodera-se das riquezas do Brasil. Resolveram então se instalar ao norte do continente sul-americano, mais especificadamente na região da Guiana.

Embora não tenham fixados representativamente colônias no Brasil, os franceses ainda deixaram vários tipos de influência sobre o país. O aspecto se mantém mais cultural, que até os dias atuais ainda podem ser encontrados no país, desde o comércio, linguagens, e artes em geral. Apesar da ideia originária de exploração, a entrada de franceses no Brasil pode contribuir em partes para a construção de um país muito almejado por diferentes povos do mundo.