Hospital pode desligar aparelhos de pessoas com doenças terminais?

Hospital pode desligar aparelhos de pessoas com doenças terminais

As doenças terminais correspondem aos estados de saúde de pacientes que se encontram completamente debilitados, não havendo assim a possibilidade de restabelecê-los. Na maioria dos casos, os indivíduos que se encontram nesse estágio, chegam a ter poucos anos de vida, já que as chances de adquirirem uma iminência, insuficiência de órgãos e infecções generalizadas são de quase 100%processos que levam a óbito em pouco tempo.

Profissionais da área da saúde revelam que em geral, essas enfermidades se encontram ligadas a situações agudas, subagudas e transtornos crônicos, promovendo muitas dores, estados vegetativos  e sofrimento aos pacientes. Suas chances de cura são consideradas mínimas, deixando os indivíduos e suas famílias bastante vulneráveis emocionalmente.

Hospital pode desligar aparelhos de pessoas com doenças terminais
Mulher doente no aparelho de oxigênio.
(Foto: Reprodução)

Para as pessoas que tem fé e creem em uma força maior, os pacientes terminais só podem ser salvos com um milagre divino. Eles chegam a uma fase do tratamento em que o organismo não responde mais aos estímulos manipulados, fazendo com que o distúrbio se alastre por toda a estrutura corporal.

A eutanásia (“morte assistida”), é uma prática que se articula muito dentro dessa modalidade hospitalar, onde o médico pode vir a acelerar o óbito do enfermo através da sedação (para que não sinta dores) e o desligamento dos aparelhos que o mantém vivo. É importante destacar que essa ação só pode ser executada com a autorização/consentimento do doente ou da sua família.

Mesmo parecendo ser um ato benéfico, a bioética e inúmeros médicos de vários países vem discutindo constantemente esse tema, onde alguns relatam essa atividade como um alívio para mórbido (por propiciar a extinção da sua dor) e outros como um direito ao suicídio.

Nem todos os Estados aderem a eutanásia, como o Brasil, que questiona essa ação e a articula com o direito a vida. Já a Holanda, Bélgica, Suíça e Colômbia, esse processo é liberado por lei, podendo ser efetuado de acordo com as normatizações que gerem essa prática.

O ponto destaque desse debate é a análise entre o certo e o errado, dentro das singulares concepções de cada ser humano sobre a vida. O fato é que de maneira nenhuma poderá haver a morte assistida caso o paciente ou a família não esteja de acordo com o processo.