Região do cerebro responsavel pela visão

Durante a evolução da espécie humana, os sentidos foram sendo aperfeiçoados de acordo com sua necessidade. A visão é um dos sentido mais importantes para o ser humano, de acordo com vários estudos nas principais universidades do mundo. Isso pode ser percebido nos processos de formação dos estímulos visuais em nosso cérebro.

A visão é privilegiada com grandes partes do cérebro dedicada a ela. Por ser algo complexo e grande, a qualidade de nossa visão passa por duas regiões cerebrais responsáveis pelo processamento de todos os estímulos visuais.

Córtex Visual

Assim que vemos algo, na verdade estamos sendo bombardeados por luz refletida ou emitida de várias fontes. Essa luz nos permite enxergar os elementos dentro das circunstâncias luminosas em que se encontram. Porém, para que todas essas informações recebidas sejam codificadas, elas primeiro devem passar pelo Córtex Visual.

Área do Córtex Visual
Área do Córtex Visual

Essa primeira parte de toda a região cerebral é responsável por dar sentido ao que vemos. As informações são decodificadas, e enxergamos as formas e distinguimos uma das outras. É como enxergar a forma esférica, o cabo e a folha de uma laranja, mas ainda não enxergar os pequenos detalhes rugosos de sua superfície.

Área de Associação Visual

Após passar pelo Córtex Visual, as informações e estímulos visuais recebem formas e variações, porém ainda precisaríamos de enxergar os pequenos detalhes que distinguem mais complexamente uma coisa da outra.

Isso também é essencial para pequena área de atenção que temos em nosso campo de visão. Enxergamos uma grande área a nossa volta, porém apenas uma pequena parte recebe nossa atenção. Essa parte fica mais nítida que o restante das coisas para que consigamos nos concentrar nela.

O garoto está nítido, porém o restante da imagem está fora de foco
O garoto está nítido, porém o restante da imagem está fora de foco

Para que isso ocorra, os estímulos já traduzidos pelo córtex são enviados a Área de Associação Visual, responsável pela associação das áreas mais complexas da visão.

Monteiro Lobato: Obras e Resumo da Biografia

Nascido em 1882, na cidade de Taubaté, São Paulo, o escritor José Bento Renato Monteiro Lobato viria a ser um dos grandes escritores do país. O menino foi criado em um sítio e alfabetizado primeiramente por sua mãe e logo depois por um professor particular. Aos sete anos de idade foi matriculado em um colégio e nessa idade, já vivera em contato com os livros de seu avô, os quais lia frequentemente.

Desde cedo, já atuava escrevendo contos e demais textos para os jornaizinhos escolares. Após ter se formado no colégio, o jovem Lobato mudaria-se para a cidade de São Paulo para estudar no Instituto de Ciências e Letras. No ano de 1898, seu pai morre de congestão pulmonar, fato que um ano mais tarde mataria também sua mãe pela depressão adquirida.

Monteiro Lobato
Monteiro Lobato

Apesar de ter como sonho estudar na Escola das Belas Artes, Monteiro Lobato teve que aceitar a imposição de seu avô e estudar na Universidade de Largo de São Francisco, onde cursou Direito. Porém, isso não o impediu de escrever e participar de todo o tipo de jornal, onde conseguiu popularidade devido ao seu jeito inconfundível de escrever.

Após ter se formado em Direito no de 1904, Monteiro Lobato casa-se com Maria Pureza da Natividade de Souza Castro, apelidada de Purezinha, e tornou-se promotor público em Areias, onde teve sua primeira filha em 1909. Um ano depois, associou-se em um negócio da estrada de ferro e teve seu segundo filho. Nunca deixou de escrever para jornais e revistas diversos.

Com a morte de seu avô, Monteiro Lobato herda a fazenda e muda-se para lá com sua família. Agora com uma boa estabilidade financeira, ele pode se envolver em outros negócios e projetos. Mas foi durante um inverno rigoroso com sucessivas queimadas provocadas pelos caboclos que Monteiro Lobato escreve sua indignação intitulada de Velha Praga e envia ao jornal Estado de São Paulo, artigo que causou grande polêmica e fama ao escritor.

Após isso, escreveu vários outros artigos como o Urupês com o personagem famoso Jeca Tatu, uma espécie de denúncia aos atrasos nas sociedades campesinas brasileiras. Porém, sua denúncia preconceituosa gerou grandes polêmicas tendo aliados a seu favor e também contra sua posição generalizadora e pouco estudada sobre os chamados “caipiras”.

Após dificuldades financeiras devido ao período das geadas, Monteiro Lobato vende sua fazenda e muda-se novamente para São Paulo, acreditando investir em sua carreira como escritor. Após grandes feitos por lá, consegue comprar a Revista Brasil, que lhe rendeu dinheiro suficiente para montar uma editora que viera a facilitar publicação de livros brasileiros, principalmente das correntes modernistas.

Sua editora alcançou enorme sucesso e tinha uma das maiores demandas do país. A distribuição e a qualidade das capas e páginas eram o principal nas produções e por ela, vários famosos livros foram editados e publicados. Com a desvalorização da moeda, o negócio de Lobato veio a quebrar, porém mais tarde ele viria funda a Companhia Editora Nacional no Rio de Janeiro, onde publicou os famosos contos infantis como o O Sítio do Pica Pau Amarelo.

Após visitas aos Estados Unidos e participações políticas no Brasil, sobretudo na campanha O Petróleo é Nosso, Monteiro Lobato defendeu com unhas e dentes o nacionalismo brasileiro que logo fora derrubado pela ditadura, onde aliando-se aos comunistas, foi preso algumas vezes. O escritor morre em 1948 com 66 anos de idade vítima de espasmo cerebral, sendo velado na Biblioteca Municipal de São Paulo.

Principais Obras

Urupês, Cidades Mortas, Zé Brasil, O Presidente Negro, Negrinha, A Menina do Narizinho Arrebitado, Reinações de Narizinho, O Marquês de Rabicó, Jeca Tatuzinho, A Caçada da Onça, O Museu da Emília, O Saci Pererê: O Resultado de Um Inquérito, As Aventuras do Príncipe.

Pré modernismo brasileiro: resumo,caracteristicas e contexto histórico

O pré modernismo não foi algo muito bem definido, visto que não deve um grande número de representantes e muito menos grande expressão por parte desses. Trata-se de uma fase transitória para o modernismo que viria depois.

Essa fase compreende um dos momentos temporais mais simbólicos da histórica brasileira, uma grande quantidade de movimentos reformadores em diversas localidades brasileiras estavam por acontecer, reativando as tensões políticas e idearias.

Também nesse mesmo momento, vivemos um crescimento econômico nunca antes visto, agora baseado mais na produção nacional de diversas matérias primas e alimentos para exportação.

Contexto Histórico

Como se trata de uma fase relativamente grande, o pré modernismo vem começar a surgir em meados de 1894, quando alguns conflitos internacionais (na Europa) começam a se articular e Brasil entre em uma nova fase da república com a posse do presidente civil Prudente de Morais que inicia a famosa política do Café com Leite.

Euclides da Cunha - Autor de Os Sertões
Euclides da Cunha – Autor de Os Sertões

Nesse momento, a economia do sudeste brasileiro cresce de forma estrondosa com as lavouras de café que se constituía produto de consumo e exportação, como também os surtos de urbanização principalmente em São Paulo e a vinda de imigrantes principalmente italianos para o país.

As regiões amazônicas experimento um crescimento econômico e populacional  nunca antes visto com os lucros baseados na extração do látex e a produção da borracha de melhor qualidade para exportação e construção de máquinas na Inglaterra, por exemplo.

A prosperidade do norte e do sudeste não esconde a dura realidade das condições do Nordeste do país, que com parte de sua economia abalada, experimenta uma parte difícil de sua história. Os movimentos sociais como a Revolta de Canudos, o tempo do cangaço e a figura de lampião, a doutrina do Padre Cícero, entre outras.

Até mesmo na região sudeste, os movimentos começam a se identificar na Revolta da Vacina, espécie de denúncia contra as condições de vida das pessoas, como também o movimento dos marinheiros conhecido como a Revolta da Chibata no Rio de Janeiro, como também os movimentos grevistas por melhores condições de trabalho em São Paulo.

Pré Modernismo

É nesse ambiente conturbado, de grandes surtos econômicos e complicações sociais ainda mais evidentes que as obras pré modernistas começam a ser publicadas. Como não se trata de um escola literária, o pré modernismo é uma espécie de movimento sincrético dos antigos Simbolismo, Parnasianismo, Naturalismo e Realismo.

O movimento tem uma característica inovadora já descendente de suas origens naturalistas e realistas. Os contextos históricos permitiram um apelo a denúncia social, a quebra dos ideários imaginados pelo romantismo, as não oficialidades das terras mais marginalizadas do país como o sertão nordestino, o sertanejo, e a articulação dos fatos político econômicos com a realidade brasileira mesmo na ficção.

Essas tendências sincréticas abriram espaço para grandes escritores como Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Simões Lopez, Monteiro Lobato e outros, produzem suas obras de denúncia e caracterização de alguns padrões brasileiros e regionalistas – como os preguiçosos do campo, o malandro, etc. A quebra com o passado retirou o excesso de formalidade da maioria dos textos, tornando-os mais duros e realistas em grande parte.

Essas tendências começam a se articular e se definir melhor quanto próximo a data de 1922, onde acontece em São Paulo a Semana de Arte Moderna, fato que acabou de definir de vez o modernismo que viria nas obras seguintes brasileiras.

Pensamento ético de Aristóteles e suas descobertas

Os gregos foram sem dúvida, a base principal do pensamento ocidental na Europa que consequentemente espalhou-se para as Américas depois de muitas adaptações. Mesmo as vezes sem notar, vivemos com heranças do pensamento grego em nossas vidas quotidianas e os estudamos sem mesmo saber que grande parte dos conhecimentos provém deles.

Grande parte dos esquemas de pensamento racional produzidos pela igreja católica e mais tarde retomados por outros cientistas sociais e filósofos, provém dos textos gregos escritos há séculos antes. Sem dúvida, os pensadores gregos estavam num momento de grandes debates e conhecimento quando produziram tão valiosos escritos.

A Ética Aristotélica – Questão da Alma

Aristóteles talvez tenha sido um dos mais conhecidos autores gregos. Em sua obras, ele problematiza questões já discutidas por outros pensadores gregos como Platão e Sócrates, principalmente do que se diz respeito a alma e os anseios humanos.

De acordo com Aristóteles, todos os seres possuem um motor que os impulsiona, algo que gera suas ações e reações e transcendem a sua essência. A esse

Estatua de Aristóteles
Aristóteles

elemento essencial, Aristóteles assim como Sócrates e Platão, chamou de alma.

Cada tipo de ser possui um tipo de comportamento e de expressão na vida própria. Nesse caso, os tipos de alma seriam diferentes de acordo com as capacidades das espécies. Os vegetais por exemplo, possuem uma alma vegetativa, que corresponde às funções de reprodução e crescimento.

Já os animais, além de conterem uma alma vegetativa, contém também uma alma sensitiva, devido ao fato deles serem dotados de percepção do mundo ao seu redor e poderem se movimentar de forma satisfatória.

O homem grego por sua vez, além de ter as duas almas já explicitadas acima, possui uma alma intelectiva, pois essa se refere além das outras capacidades, a capacidade de racionalizar as coisas e questões, a capacidade do pensamento.

A Questão da Ação

O homem, dotado de faculdades intelectivas, seria capaz de racionalizar suas ações que poderiam ser feitas ou não para aquilo que ele mesmo considera bom ou agradável para ele. Para isso, os atos dos homens são nada mais nada menos do que a busca pela felicidade (conceito grego de eudaimonia).

O motivo pelo qual buscamos a felicidade para Aristóteles, se justifica por ela mesma ser uma aspiração incondicional da experiência humana. Isso porque a felicidade é o fim último e completo, não sendo possível obter nada mais após dela. Dessa forma, a felicidade possui em si própria um sentido completo.

Durante a vida, o homem realizaria seus atos em busca da felicidade e que para isso, deveria agir de acordo com a moral e virtude da racionalidade, de sua condição natural de intelecto, algo que o diferencia dos outros seres. Como o intelecto é a única virtude que pertence só ao homem, então seria somente por meio dessa virtude que este alcançaria a eudaimonia, enquanto potência.

A Ética de Aristóteles

Apesar da razão ser potência natural e exclusiva do homem, não só de razão o homem é constituído, pois as outras almas também estão presentes em sua natureza. Por esse motivo, os homens poderiam ser levados por outros impulsos naturais que não o intelecto.

Como face disso, os desejos e apetites são comuns a parte sensitiva de nossa essência, e ceder somente a eles seria agir contra a virtude racional proposta para alcançar a felicidade. Uma vez considerado que sentir os desejos e apetites seja também de nossa natureza, isso não nos seria proibido.

Porém, a ética entra como reguladora dos desejos das outras essências para um bem comum, que no caso seria a felicidade. O homem pode ter os desejos e apetites, desde que regulados abaixo do intelecto e racionalidade. A conduta humana então, determina nossa condição virtuosa ou maléfica, na medida em que escolhemos ou não a racionalidade.

Aristóteles não considera os impulsos de desejo como sendo involuntários ou frutos de uma certa ignorância da parte irracional do humano. Os considera voluntários e normais a condição de homens, porém com a possibilidade de serem regulados de forma ética pela racionalidade. Chegando assim, ao estado de sujeito autônomo, que é capaz de responder pelos seus atos e reconhecer suas capacidades livres perante isso.