Valor pago por danos morais no trabalho

Pessoas brigando

A primeira finalidade da indenização por danos morais é ressarcir a vítima que sofreu ofensas. Já a segunda finalidade é educativa para que o agressor nunca mais repita atos que agrida outra pessoa.

Sendo assim, os danos morais acontecem quando uma pessoa é abalada psicologicamente de tal forma que a deixe constrangida e humilhada em determinada situação imposta pelo agressor.

Para melhor entendimento, a indenização por danos morais ocorre sempre que a imagem interior e exterior de uma pessoa é agredida, ou seja, quando a honra e as boas impressões são hostilizadas por outra pessoa.

Quando as ofensas ocorrem no meio de convivência ou em público, os danos são maiores, pois quanto maior a repercussão, maior o dano. Posto isto, pessoas ofendidas que possuem boa reputação social, renomadas e de destaque na sociedade, o valor da indenização tende a ser maior.

A regra diz que é necessário investigar as condições socioeconômicas do ofendido e também do ofensor, logo, fica a sensação de que a lei estabelece que uma pessoa desprivilegiada socioeconomicamente sofre menos diante uma agressão, do que uma pessoa privilegiada.

Será necessário ter bom senso e experiência para estabelecer o valor de cada indenização por danos morais. O valor é arbitrado pelos próprios julgadores, no entanto, existe uma certa discrepância nos valores.

Veja a seguir, exemplos de valores estabelecidos por danos morais

Pessoas brigando

• O Tribunal do Rio de Janeiro condenou o Banco Itaú a pagar R$ 6 mil, pois não encerrou a conta corrente do cliente, mesmo ele fazendo a solicitação antecipadamente. Logo, a manutenção da conta que ainda estava ativa, acabou gerando um débito crescente ao correntista, atingindo a cifra de R$ 204,08.
• Exatamente R$ 6 mil foi o valor fixado pelo O Tribunal de Justiça de Santa Catarina, determinou R$ 6 mil para indenização de um eletricista, vítima de um acidente de trânsito causado por motorista de empresa de ônibus. A consequência da colisão foi uma fratura em uma das pernas da vítima, que teve de se submeter a algumas cirurgias, e ficar sete meses sem poder exercer sua atividade profissional.
• O Tribunal do Ceará condenou o Banco do Brasil a indenizar uma empresa em R$ 14.160,00 por ter incluído indevidamente o seu nome em cadastros de maus pagadores, pela emissão de cheque sem fundos que, conforme foi apurado, sequer era da empresa.
• A fim de amenizar o sofrimento de um cidadão que se viu ofendido pelo município de Bagé (RS), o valor indenizatório por danos morais definido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul foi de R$ 20 mil.
• R$ 10 mil foi o valor que condenou duas pessoas que assaltaram e feriram gravemente, no pescoço, um taxista em Belo Horizonte.

Nota-se uma certa incoerência nos valores propostos a cima. Acredita-se que as condições socioeconômica dos ofensores e dos ofendidos tenham um papel importante em cada caso.

No entanto, fica a pergunta: Por que uma pessoa que sofreu um acidente grave, que a impediu de trabalhar por meses, recebeu o mesmo valor indenizatório pelo indivíduo que não teve a sua conta bancária encerrada?

O projeto de Lei do Senado nº 334/2008, tem o objetivo de estabelecer uma tabela que sirva de parâmetro para os casos de danos morais, porém, a lei não foi definida e os julgadores continuam a ter a liberdade para determinar os valores das indenizações por danos morais.

Retirada do baço DPVAT

O Seguro Líder DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) se trata de uma companhia nacional responsável por indenizar e fornecer alguns atendimentos á sociedade em relação a acidentes causados por veículos terrestres  motorizados.

Normas do Seguro Líder DPVAT

A cobertura por invalidez permanente é estudada de acordo com cada caso, tal como a retirada do baço, desde que a mesma seja resultante de um acidente de trânsito (independente da data do acidente), ela poderá vir a ser segurada de acordo com a decisão do STJ.

O ministro do STJ, Paulo de Tarso Sanseverino, afirma que “a nova tabela, ainda que não vigente na data do acidente, pode e deve, em razão do princípio constitucional da igualdade, ser utilizada como instrumento de integração da tabela anterior, cujo rol, como visto, é meramente exemplificativo”.

Os valores indenizatórios decorrentes dos acidentes varia de acordo com a decisão judicial, podendo ser entre R$ 1.350 (para 10%), R$ 3.375 (para 25%), R$ 6.750 (para 50%), R$ 9.450 (para 70%) e R$ 13.500 (para 100%).

Como processar por propaganda enganosa

Muitas empresas utilizam de propagandas altamente elaboradas para ludibriar a sociedade, fazendo com que os indivíduos se interessem e contratem serviços não existentes. Pelo marketing estar em alta atualmente, muitas pessoas vem passando por essa situação e por não saberem onde recorrer, acabam deixando o assunto de lado.

Dicas de como processar uma empresa por danos morais

Vários representantes da área jurídica que trabalham no ramo de propaganda e marketing afirmam que já existem punições severas para esses anúncios ilegais, tendo eles valores irrisórios.

A Constituição Brasileira diz que todo e qualquer tipo de propaganda deve ser entendida de forma clara e imediata por qualquer tipo de consumidor, isso porque nem sempre os indivíduos conhecem o produto oferecido de forma específica para saber suas vantagens e desvantagens.

As empresas utilizam a falta de informação dos consumidores para colocar informações de maneira dúbia, utilizando assim diversas técnicas de publicidade altamente elaboradas para atingir a massa menos favorecida da sociedade. Com isso, o indivíduo, mesmo não sendo forçado, é induzido a realizar a compra do produto.

Como processar?

Todo e qualquer indivíduo pode recorrer a justiça quando ver uma propaganda enganosa, mesmo que não tenha comprado o produto. Quando o consumidor não realiza a compra, a multa paga pela empresa não vai para ele, mas para alguma entidade de defesa do consumidor; quando a compra é efetivada, o mesmo poderá solicitar seus danos materiais, podendo assim pedir de volta o que pagou (ou até mais) a mais pela mercadoria.

Observação: o Ministério Público é um dos órgãos que podem ser acionados para realizar essas ações juntamente com o consumidor.