Motivos das Grandes Navegações Portuguesas

 As Grandes Navegações possuem diversos fatores que se interligam para o seu surgimento em grande escala. O primeiro deles foi quando Portugal começou a observar que o seu comércio não era movido, apenas, de forma terrestre, mas sim marítima.

Motivos para o surgimento das grandes embarcações portuguesas
Representação de navegações portuguesas.
(Foto: Reprodução)

O Oriente exportava para o Ocidente vários tipos de mercadorias, tal como o ouro,  açúcar, outras pedras preciosas, os condimentos, as porcelanas, as drogas medicinais, os perfumes entre outros. Todos esses produtos eram recolhidos por povos árabes, onde eram levados até as cidades italianas através de caravanas, que intermediavam a sua venda em toda a Europa.

Por causa da formação desse monopólio, as monarquias portuguesas tentavam descobrir novos meios de contato com todo o Oriente, resolvendo assim implantar diversos meios marítimos. As grandes viagens das embarcações eram orientadas por homens armados, mas esse empreendimento só começou a funcionar com o apoio de toda a burguesia e do Estado, que recebiam parte do lucro dos navegantes por isso.

Dessa maneira, Portugal percebeu que a expansão do seu comércio só se findaria através do rompimento das barreiras marítimas, que foi se quebrando pouco a pouco para que o país se estabelecesse no Oriente. O primeiro ponto explorado para esse avanço foi a Costa Africana que se encontrava mais próxima, pois perto dali se encontravam algumas cidades árabes de importância comercial, tendo como destaque o município de Ceuta.

1415

Nesse ano, Ceuta foi vencida por novas conquistas portuguesas, onde já conseguia se estabelecer na cidade de Alcácer, de Tânger e Arzila. As maiores importâncias comerciais eram o ouro, marfim e os povos escravos. Mesmo a África sendo muito explorada, os portugueses queriam mais, onde viam a verdadeira riqueza nas Índias.

No território indiano era possível encontrar ricos brocados e sedas, tendo como suas especialidades o gengibre, canela, cravo, a noz moscada e vários outros temperos que serviam para dar sabor e conservar os alimentos. Todo esse comércio rendia uma grande movimentação capitalista, onde os mercadores árabes forneciam as mercadorias para os italianos, que posteriormente as negociavam com o território europeu.

1453

Essa nova forma de comércio despertou o olhar de várias outras regiões. Nesse ano, os turcos entraram na Europa tomando várias partes da sua extensão, tal como Constantinopla e Alexandria, onde conseguiu bloquear todo o comércio de especiarias. A partir desse momento começou uma grande crise no mercado europeu.

Devido a diversos acontecimentos, a única saída era buscar um novo caminho para o Oriente. Assim, o novo alvo da expansão marítima portuguesa era dominar esse rico mercado, eliminar os intermediários muçulmanos e todos os povos que atrapalhavam os seus negócios e os avanços comerciais.

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