Como e feita o cordel

Cordel nordestino
O Cordel é tradicionalmente pendurado em cordões, dai o seu nome.

As origens do Cordel se dão ainda na Idade Média, nesses tempos em que contato com a escrita era seleto, a grande massa populacional era analfabeta e não tinham acesso algum a literatura. Nessa época, nas praças os trovadores cantavam versos, esses eram responsáveis por disseminar histórias no imaginário popular, com o tempo, ritmaram os contos e começaram a escreve-los para melhor serem gravados na memória, dai nasce o Cordel. A chegada do Cordel ao Brasil se deu em meados do século XVIII, desde então a poesia disseminou-se no popular e hoje é encontrada principalmente em Alagoas, Pernambuco, Ceará, Bahia e Paraíba.

É  difícil definir um forma pré-estabelecida para se fazer um Cordel, cada autor normalmente desenvolve seu jeito próprio de produção, contudo, normalmente os livretos são feitos com base em uma técnica conhecida como xilogravura, um processo de origem chinesa bastante semelhante ai carimbo, onde imagens são talhadas em madeira, e em seguida transferidas ao papel.

Para elaborar  um Cordel o primeiro passo é a escolha de um tema, este pode ser descritivo, quando o autor figura um local para seu enredo; narrativa, história normalmente fruto de imaginação ou de contos populares; dissertativa, mais calcada no real aludindo a algum acontecimento social; e de homenagem, constructo direcionado a alguma personalidade importante. Escolhida a temática é hora de escolher a poética do texto, você poderá optar entre escrita em Quadra, Quadrão, Sextilha, Septilha, Décima, Martelo e Oitava, busque o que melhor se encaixa a você. Uma dica é optar por versos maiores para temas mais envolventes, melhora a estética e a compreensão do folheto. Pronto, é só rimar.

A literatura de Cordel é uma forma de manter viva a herança cultural brasileira, participe também desse movimento, o Cordel assim como toda técnica literária e apreendida através de treino. Trabalhar com cordel lhe trará uma nova forma de enxergar e descrever o mundo, traduzindo-o em cada rima de uma forma inusitada.

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